Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 30 de maio de 2024

Por Beth Gaspar em 20 de maio de 2019

19 dias de greve na Metodista do ABC resulta em vitória!

Os professores e professoras da Universidade Metodista (UMESP) ficaram 19 dias em greve. Durante esse período tivemos várias atividades envolvendo o sindicato, docentes e também os alunos. Reunidos em assembleia na sexta-feira, 17/05, os professores e professoras aprovaram a proposta da Metodista:

a) regularizar o pagamento dos salários de abril/2019 de todos os empregados até o dia 06.06.2019;
b) pagar todos os salários de maio/2019, de todos os empregados, dentro do mês de junho/2019, e os salários de todos os empregados, alusivos ao mês de junho, serão pagos até o dia 10.07.2019;
c) cumprir o parcelamento do FGTS já acordado e regularizar outras diferenças pendentes;
d) regularizar a quitação dos débitos de empréstimos consignados dos empregados e do vale-alimentação em até 120 dias, sendo o primeiro pagamento no dia 20.06.2019, compreendendo a parcela do próprio mês e uma parcela atrasada, ou seja, duas parcelas mensais, a partir de 20.06.2019; e) não desconto dos dias parados, mediante a reposição das aulas;
f) retorno imediato dos docentes ao trabalho.

No Tribunal Regional do Trabalho: Metodista volta ao TRT na quarta, dia 22, para comprovar acerto e assinar temo de conciliação com o Sinpro ABC

O Sindicato e os professores voltam ao TRT-SP dia 22 para firmar o acordo conciliatório, mas condicionado, segundo decisão da assembleia, a concordância da Metodista em (1) aceitar a estabilidade do corpo docente por 90 dias, para evitar retaliações, e (2) compromisso de respeitar a norma e a Convenção Coletiva de Trabalho.

A diretoria do Sinpro ABC e os próprios docentes avaliam que, até aqui, foi uma grande vitória do movimento com o apoio dos alunos e da comunidade.

 

 

 


13/05: MOÇÃO DE APOIO DOS
SINDICATOS INTEGRANTES
DA FEPESP

 

O pessoal da Metodista do ABC está dando uma lição de como se responde a uma instituição que não preza seus educadores: com firmeza, determinação, coragem e muita disposição em defender seus direitos mais básicos, como o da remuneração em dia por serviços prestados com dedicação.

Ao entrar na sua terceira semana, a greve de professores e pessoal administrativo angariou simpatia de seus estudantes e da comunidade acadêmica, e gerou desconfiança sobre a administração da instituição ao perder inúmeras oportunidades de solução negociada propostas pelo Sindicato.

O movimento tem apoio de todos os demais 24 sindicatos integrantes da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, entre os quais se inclui o Sinpro ABC, e faz parte de mobilização em nível nacional com a articulação dos Sindicatos nos demais Estados onde a Metodista tem atuação.

Os professores da Metodista não estão sós nesta luta!

 

Uma nova assembleia está marcada para esta segunda-feira (13/05), às 18h30, no Campus Rudge Ramos, Rua do Sacramento, 230, São Bernardo do Campo.

 

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13/05: Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Bancários do ABC também publicou uma moção declarando apoio ao movimento grevista dos Professores do ABC. Confira:

 

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06/05: Protesto dos Professores da Metodista leva também funcionários e alunos às ruas

Em ato público na noite de segunda-feira (06/05), Professores, Funcionários e alunos se mobilizaram pelas ruas de São Bernardo, reivindicando que seus direitos sejam cumpridos.

A Metodista acumula uma série de desrespeitos trabalhistas por todo o país, e se mostra intransigente ao não estabelecer sequer um diálogo com a categoria dos professores e professoras da região do ABC.

 

 

 

 

 

07/05: Uma semana de greve

A greve dos professores e professoras da Universidade Metodista completou neste dia 7, uma semana.

A comunidade acadêmica se mobiliza nas redes sociais. Os alunos demonstram apoio divulgando as ações decididas pelos docentes, promovem a campanha que denuncia o atraso dos salários, e estão em defesa dos direitos trabalhistas dos professores e funcionários da Metodista.

O SinproABC  – Sindicato dos Professores do ABC - entrou com ação no Ministério Público do Trabalho, exigindo que a instituição educacional cumpra com a convenção coletiva: regulariza os salários atrasados, depósitos do FGTS e que, daqui pra frente, atenda às datas estipuladas por lei, isto é, que paguem os salários até o quinto dia útil.

 

 

Para entender

A instituição atrasou, mais uma vez, os salários, desta vez o pagamento de março. O Sindicato deu um prazo de regularização até 26 de abril, mas a Metodista não cumpriu.

Além dos salários de março, muitos professores e funcionários ainda aguardavam o pagamento de férias, além de denunciar que a Metodista não está realizando os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde 2015.

 

Confira a agenda de mobilização até quarta-feira (08/05)

Terça-feira, dia 7: (5º dia útil) presença dos diretores do SINPRO nas portarias principais dos 3 campi, de manhã e à noite;

Quarta-feira, dia 8, 18h30: grande assembleia na portaria da Rua Sacramento.

 

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05/05: Estudantes e professores realizam ato na manhã desta sexta-feira, (5), exigindo explicações da Universidade Metodista.

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Metodista: mobilização por salários e direitos.
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Assista ao vídeo da mobilização desta sexta, 05/04, pela manhã.
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"Vamos manter a unidade e ficar mobilizados!"Leia aqui a carta aberta divulgada pelo Sinpro ABC nesta terça-feira, 02/04. :

Carta aberta à comunidade
Sindicato dos Professores do ABC

Aos membros da comunidade acadêmica e à população em geral:

O Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC), representante legítimo dos professores e professoras da Educação Básica e da Educação Superior das escolas não públicas da região do ABC, vem a público denunciar os constantes atrasos de pagamentos de salários e dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos docentes da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Esses atrasos se arrastam desde 2015. A legislação trabalhista e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) estabelecem que o pagamento dos salários deve ser realizado até o quinto dia útil de cada mês, mas a reitoria da UMESP não está respeitando a legislação nem a CCT, com atrasos de salários de até 30 dias.

Desde julho de 2015, a instituição deixou de proceder ao recolhimento dos depósitos do FGTS, passando por vários “acordos” não cumpridos com a Caixa Econômica, contando com certeza com a prescrição que desde o ano de 2014 é de 5 anos. Em mesa redonda realizada no dia 13/03/19, na Gerência Regional do Trabalho de São Bernardo do Campo, a UMESP confirmou os débitos pendentes.

A ação de cumprimento interposta pelo SINPRO ABC garante a não prescrição dos depósitos do FGTS até 15/12/2017, já estamos providenciando nova ação de cumprimento, para garantir a não prescrição dos depósitos após tal data.

A UMESP admitiu que não tem repassado os valores descontados em folha de pagamento, a título de CONSIGNADO aos bancos. Ou seja, desconta do trabalhador, mas não paga os bancos credores, levando o nome dos trabalhadores para o rol dos devedores. Essa denúncia já foi encaminhada para o Ministério Público do Trabalho.

O salário relativo a fevereiro de 2019, não foi pago até a presente data, com promessa inicial de ser pago até 29/03/2019, e a promessa atual é de pagamento até o dia 08/04/19!

O SINPRO ABC interpôs ação cobrando o pagamento do salário de fevereiro/19, inclusive com o pagamento de multa diária e pedido de liminar, e cobrou da UMESP e da IGREJA METODISTA, todos responsáveis pelas mazelas e desrespeito com a comunidade, composta pelos docentes, discentes e trabalhadores administrativos.

O SINPRO ABC, por meio de ação de cumprimento, tem garantido também o pagamento de multas pelo atraso no pagamento dos salários, dobra de férias mais um terço, pelo pagamento fora do prazo legal.

Professores e professoras entrem em contato com o sindicato. Vamos manter a unidade e ficar mobilizados!
Informe-se no SinproABC.

Pagamento dos salários de fevereiro já!
Basta de calote!

 

03/05: Sindicato faz ato em frente a Metodista pelo pagamento dos salários atrasados

 

 

E deu no jornal:

Os professores da Universidade Metodista de São Paulo estão com salários atrasados e o depósito do FGTS não é feito desde 2015. Há anos que a Metodista acumula processos trabalhistas por não cumprir com os direitos dos docentes.

O presidente do sindicato, José Jorge Maggio, informou que os atrasos vêm ocorrendo sucessivamente nos últimos anos. "Desde 2015 estamos tendo um problema com o recolhimento do FGTS", afirmou.

No final de 2017, 83 docentes foram demitidos pela instituição, sendo 54 professores universitários e 15 do colégio. De acordo com o sindicato, desde então outros docentes foram demitidos sem a regularização do salário.

O sindicato também afirma que os valores descontados da folha de pagamento dos funcionários, referentes a crédito consignado, não estão sendo repassados para as instituições bancárias. O Sinpro disse que essa denúncia foi encaminhada para o Ministério Público do Trabalho e que vem tentando se reunir com a reitoria da Metodista desde dezembro, sem sucesso.

A Federação dos Professores conjuntamente com o Sindicato dos Professores do ABC e outras entidades sindicais do país se juntaram numa frente nacional pedindo explicações da Metodista. Veja a cobertura do caso em:

Metodista: agora luta sem fronteiras

Ação nacional: Rede Metodista chamada às falas

 

 

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